Casos aumentaram 57% no último mês no litoral de São Paulo (SP)
Composta por nove cidades, a Baixada Santista (SP) concentra o maior número de casos e óbitos pela COVID-19 fora da região metropolitana do Estado, que é o principal foco da doença no Brasil. De acordo com o estudo Epicobs (Epidemiologia da COVID-19 na Baixada Santista), que avaliou 2.432 pessoas, um em cada 45 habitantes da região já teve contato com o novo coronavírus.
A pesquisa constatou ainda que, em apenas 15 dias, o número de infectados passou de 25.823 para 40.608, o que aponta um crescimento de 57%, percentual que pode servir de alerta para a possível implementação de novas medidas restritivas por parte das autoridades sanitárias locais.
“Para um melhor controle de dessa pandemia, o ideal é ampliar o isolamento social. Mesmo com todas as recomendações, as pessoas ainda não seguem como deveriam, o que ocasiona esse crescimento de casos. Sem dúvida, é preocupante”, diz o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Especialistas acreditam que o contágio registrado na primeira fase – há cerca de dois meses -, possa ter sido impulsionado pela grande circulação de pessoas nas praias antes da proibição do acesso ao espaço público. O estudo Epicobs terá novas etapas com o objetivo de monitorar a COVID-19 na Baixada Santista (SP).