Pesquisa mostrou ainda que o uso do medicamento pode causar problemas cardíacos aos infectados pelo novo coronavírus
Um amplo estudo publicado nesta sexta-feira (22/5), na revista The Lancet, reprovou a eficácia da cloroquina e hidroxocloroquina no tratamento da COVID-19. O trabalho científico avaliou 96.032 mil pacientes de 671 hospitais espalhados pelos seis continentes – o maior levantamento já realizado para investigar a eficácia da substância no combate ao novo coronavírus.
A análise da população submetida ao trabalho – e acometida pelo vírus -, registrou uma idade média de 53,8 anos, sendo 53,7% de homens, e foi feita entre 20 de dezembro do ano passado e 14 de abril deste ano, durante os períodos variados de internações em várias partes do mundo. Entre os indivíduos que receberam apenas cloroquina (1.868) ou hidroxicloroquina (3.016), os resultados mostraram a morte de um em cada seis desses pacientes. Outra constatação aponta um risco maior do desenvolvimento de arritmias cardíacas potencializado pela hidroxicloroquina em combinação com antibióticos. Esse percentual envolvendo o problema cardíaco acometeu 8% do grupo, bem superior ao índice de 0,3% registrado na amostra que não recebeu a substância.